Na pracinha, um senhor puxa conversa. Jornal aberto, diz pra mim que o mundo desmantela o ser – carros se espatifam, obras despencam, gente se acabando por coisinhas bestas, fáceis de endireitar. Que não basta o fedegoso, carrapicho esculhambando tua plantação.
Minha filha, uma palavra torta já vão tocar a bomba, danou-se. Adubou erva-daninha. Não se tem motivo pra esganar tuas plantas, só desculpas.
Enquanto ele silenciou virando a página, matutei que todas as verdades mudam o tempo todo.
Ele respirou fundo e budejou pra si mesmo que todos esses desconjuntáveis surgem pequeninos, frágeis e escorados. Que poucos arrebentam as escoras e que raros crescem.
Respirei fundo, como quem voltou do mergulho e faltou o ar. Olhei em seus olhos de quem lê notícia de ontem e lhe disse que quando minha luz se apagar de vez, espero estar bem comigo mesma.
Ele fechou o jornal, deu um risinho malandro e disse que quando sua luz apagar de vez, não terá mais medo do escuro.
Comentário máximo de um galdério: bah!
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A matuta agradece e fica feliz com a visita. Bah! pra você também Mariel! Um grande abraço
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Extraordinário, desbundante, fora de série e o diabo este seu texto…
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Uau, adorei todos estes adjetivos!
Um grande abraço Aurea
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Como é bom ler um texto que te faz sair de si, indo além dos horizontes mais comuns. Eu que já não tenho medo do escuro, abri meu sorriso na ultima linha e me preparei para lançar-me novamente no “abismo” da primeira linha. Adorei.
Bacio
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Bacio querida Lunna! Adorei seu comentário. Então, nós, já não temos mais medo do escuro…
Um grande abraço!
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Muito bom! Não vou dizer novamente que gosto muito das suas pitadas de ironia e sarcasmo na sua grande habilidade de escrever…. (vixi…disse sem perceber!) 🙂
Grande abraço!
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E, o mínimo a fazer é agradecer, novamente! Grannnnde abraço!
🙂
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Eu, matutando sobre as disputas na internet, sobre ciuminho velado entre blogs, sobre as pessoas que criam birrinha com as outras por causa de “palavras tortas”, palavras mal interpretadas e como as pessoas conseguem ser extremamente estúpidas e se esconderem atrás de perfis praticamente anônimos, para poder executar suas ousadias… criticar sem base, sem porque… vemos isso todos os dias.
Esses dias num blogue (eu que adoro dar palpite, comentar, contrariar…) me disseram pra eu perder meu tempo ensinando coisas corretas… vide link: (http://brasildelonge.com/2014/06/13/o-raio-vivido/)
E, num outro blog: http://estadofobia.wordpress.com/2014/07/01/meu-pai-me-ensinou-a-ser-macho/ – esculhambaram o cara, no meu ver, de forma muito baixa, só pra ofender mesmo.
Nesse mundo de robozinhos fanáticos, cegos, burrinhos selados, não é fácil ter opinião. Qualquer palavrar “torta”, mal compreendida, já inflama. E eu ía escrever do jeito que estou escrevendo aqui, mas, vi um documentário sobre o poeta Manuel de Barros, e, me inspirei a reverter tudo o que já havia escrito. Ficou assim.
O importante, é sempre, continuar. Ou não. rs
O que acha, o que percebe?
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Bom dia.
A pergunta é direcionada a mim ou você postou errado?
Só confirme pra eu poder responder.
Abraço!
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A você, rs
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* Inverno
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Te coloquei na fogueira né?! Sem compromisso, não se sinta obrigado rs abs
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Fogueira no inverso é bom! (risos…)
Concordo com você quanto a brutalidade gratuita de pessoas que se escondem atrás das camadas virtuais. Há um tempo atrás estive pensado sobre esta questão e chego a pensar que quem “agride” no mundo virtual, geralmente é covarde. Se fosse presencial, acho que esses trogloditas de plantão não diriam um terço do que normalmente escrevem, por medo da reação real (física) do agredido, que por diversas questões técnicas não acontece na internet. Independente do nosso posicionamento sobre um assunto, devemos argumentar de forma humana e inteligente, já que o objetivo é mostrar ao outro uma percepção diferente. E a outra questão tem a ver com o seu “Ou não”. Esses dias me chamou a atenção uma matéria no site globo.com sobre a Thaís Araújo numa novela bem antiga onde ela deveria ter uns 15 anos de idade. Vi a matéria e quando cheguei na parte dos comentários fiquei chocado com o nível de agressão, preconceito e ignorância. O belo é algo relativo, cada um é livre (ou não…) pra achar ou não alguém bonito. Eu coloquei o dedo no gatilho (teclado… rs) pra poder comentar e no instante seguinte, desisti. Acho que a sua frase se encaixa como lego… O importante, é sempre, continuar. Ou não.
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Exatamente Adriano. É aí que apelido estes covardes dotados de “desinteligência” e sentimentos vis de: ervas daninhas…
Um grande abraço!
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Tá lindo.
Parabéns!
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Obrigada pela visita e por comentar! Seja sempre bem vindo Moro!
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Bom dia, você está cada dia melhor!
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Bom dia Juio! Obrigada!
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