Debaixo da telha vermelha-esverdeada:

Um broto semi-protegido do furor

e da temperamental vida que escorre pelas paredes.

Sob a telha, ainda, se protegem as paredes, quase.

Uma família de tatuzinhos-de-jardim farream nas quinas dos caibros podres.

Começa a soçobrar a casa. Seus cantos já dilacerados, alimentam o broto.

É uma dor quase triste ou quase alegre, comédia pastelão.

Um dia no retângulo fúnebre a dança fez música e a música fez mágica.

A lua iluminou os brotos de braços dados, aqueceu seus corações.

A telha emborcada no canto, conta a história.

Uma parede já caiu.

A vida temperamental escorre na face.

O broto vingou.

A impávida natureza desemboca sua implacável transformação.

A ouço sobre as casas, sob as telhas em cacos e chuvas: passageiras, todas elas.

Ouço a natureza em nós, que somos pela essência, suscetíveis ao tombo e ao riso.

Mas a escuto num sol Szopen–eterno.