Debaixo da telha vermelha-esverdeada:
Um broto semi-protegido do furor
e da temperamental vida que escorre pelas paredes.
Sob a telha, ainda, se protegem as paredes, quase.
Uma família de tatuzinhos-de-jardim farream nas quinas dos caibros podres.
Começa a soçobrar a casa. Seus cantos já dilacerados, alimentam o broto.
É uma dor quase triste ou quase alegre, comédia pastelão.
Um dia no retângulo fúnebre a dança fez música e a música fez mágica.
A lua iluminou os brotos de braços dados, aqueceu seus corações.
A telha emborcada no canto, conta a história.
Uma parede já caiu.
A vida temperamental escorre na face.
O broto vingou.
A impávida natureza desemboca sua implacável transformação.
A ouço sobre as casas, sob as telhas em cacos e chuvas: passageiras, todas elas.
Ouço a natureza em nós, que somos pela essência, suscetíveis ao tombo e ao riso.
Mas a escuto num sol Szopen–eterno.
PERSEVERANÇA
O relógio marca as horas pacientemente.
Busca incessantemente pelos segundos vindouros,
embora desconheça completamente,
o mais breve futuro.
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A natureza somos nós. Feliz Natal!
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Exatamente! Feliz Natal!
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