Pelas praças, praias e proas: o pranto
Sincero. Daquele que olha e não reconhece
Sangra um rio vermelho de lama, peixes e prece
Pede teu olhar sensível e desencanto.

Pois, desencantar é mais que perder a esperança
É menos do que espera o consumista
Talvez seja encarar a realidade derrotista
Ou singularmente, penosamente, dançar a dança.

Do que sei: o quinze secou minh’alma
Minha gana, meu furor, meu desejo insano.
Drenou meu pranto e minha esperança!

Do que sei? Que me verás nada calma
Numa promessa de renovação em novo ano
Dançarei sim, cabeça erguida, a minha dança.

Que 2016 seja um ano melhor.